segunda-feira, 13 de maio de 2013

Emoções e afeto no trabalho

Em 1872, o livro “A expressão das emoções nos homens e nos animais” no qual evidencia a preocupação de que as emoções não devem ser analisadas apenas como elementos da consciência, mas como processo biológico por serem hereditários e observáveis, como as expressões faciais e outros comportamentos visíveis. Clique em "Mais Informações" e saiba mais sobre o assunto
As emoções e afetos têm as funções de ajudar na sobrevivência da espécie, construção histórica da civilização, aprendizagem e ajustamento social e na expressão da subjetividade e da individualidade, sendo que o medo foi fundamental para isso.


O trabalho não deve ser apenas um processo de cumprimento e execução de tarefas pré-determinadas. Deve ser visto também como um meio de desenvolvimento e realização, principalmente quando o produto final não é um parafuso ou um automóvel, mas sim a satisfação, a saúde ou a resolução de um problema de uma pessoa ou grupo de pessoas.
Na administração das empresas os funcionários já foram encarados sob vários aspectos basicamente dentro destas duas visões, a da Teoria Clássica a da Teoria das Relações Humanas.
Experimentamos diariamente estados emocionais diversos: ódio, amor, raiva, tristeza, asco, medo, ansiedade, surpresa, ciúme, inveja, culpa, etc. Alguns são relacionados ao pensamento e a imagens mentais, e outros, ao ambiente externo como família, grupos sociais e o local de trabalho (ZANELLI, 2004, p. 208).

O conhecimento acerca das repercussões das condições de trabalho sobre os trabalhadores está sendo reorganizada em dois eixos: priorizando as influências do ambiente o bem estar do individuo/trabalhador e enfatizando estas mesmas influências sobre sua saúde que é entendida como um subcomponente de bem-estar, sendo representada por indicadores psicológicos (tais como afeto, frustração e ansiedade), bem como indicadores físico-fisiológicos (pressão sanguínea, funções cardiovasculares e condições físicas gerais). Logo, o conceito de bem-estar refere-se ao nível ótimo de funcionamento psicológico e de experiências positivas, resultantes da avaliação subjetiva do indivíduo sobre sua vida em geral e ou de aspectos específicos dela integrantes. 

Isso repercute na Qualidade de Vida cujos fatores de influência são: 
a) os fatores Administrativos e/ou organizacionais criam facilidade e universalização de acesso, disponibilidade dos recursos e desburocratização dos procedimentos com impacto no nível de satisfação do usuário e reflexo imediato na relação prestador/usuário.
b) os Ambientais se referem ao espaço, arquitetura, sinalização, etc., enfim, medidas, frequentemente simples, que facilitem a locomoção, orientação e conforto de todos, especialmente aqueles com limitações físicas, e que consigam humanizar o ambiente.
c) os fatores Tecnológicos propiciam condições de uso, sem limitações, do melhor recurso possível e indispensável para atingir os objetivos do serviço e responder com agilidade e eficiência as necessidades do usuário.
d) e os fatores Metodológicos definem como as tarefas serão realizadas num escopo de alto desempenho envolvendo toda gama de recursos como: humanos, materiais e físicos, tendo como objetivo não a questão técnica propriamente dita, mas sim oferecer ao usuário condições que zerem ou minimizem agentes de insatisfação controláveis.
Além destes já citados, existem os fatores motivacionais ou satisfatórios que implicam também na qualidade de vida como a delegação de responsabilidade, liberdade de exercício, uso pleno de habilidades, promoção ou plano de carreira, segurança no cargo, salário, condições de trabalho e conforto, política da organização e administração, relação com a chefia, competência dos superiores, relações interpessoais, etc., que guardam relação positiva com a saúde mental, emocional. 
Suas repercussões sobre a afetividade do trabalhador  implicam em três grandes variáveis: Condições físicas; Condições temporais e Condições sociais. Estas variáveis podem refletir a presença de eventos estressores (estímulos aversivos) a partir dos líderes, características do grupo de trabalho, ambiente físico e sistema de recompensas e punições organizacionais. 
Ryff (1989) elaborou uma proposta integradora ao formular um modelo de seis componentes de bem estar. É composto pela auto aceitação; Relacionamento positivo com outra pessoa; Autonomia; Domínio do ambiente; Propósito de vida e Crescimento pessoal;

O Sofrimento Emocional pode ser caracterizado por humor deprimido, interesse ou prazer em menor grau; alterações de peso; distúrbios de sono; alterações psicomotoras; fadiga ou perda de energia; sentimento de inutilidade, além de diminui a capacidade de pensar e/ou concentrar-se, indecisão e a presença de pensamentos destrutivos. Quando o sofrimento emocional é extremo pode desencadear uma Psicopatologia do Trabalho, podendo ser caracterizados como um transtorno mental, uma neurose ou psicose. Apresenta-se também como transtorno de ansiedade ou de humor, transtorno por uso de substâncias, de personalidade e de ajustamento.

Quando o assunto é a saúde mental no trabalho, dois temas têm evidenciado o interesse de pesquisadores: o estresse ocupacional e a Síndrome de Burnout.

O estresse ocupacional é resultante de um complexo conjunto de fenômenos que age sobre o trabalhador. Cooper e Marshall (1978) pesquisando o tema desenvolveram um modelo com seis categorias de fonte de estresse: Fatores intrínsecos do trabalho; Papel da organização; Relacionamento no trabalho; Desenvolvimento de carreira; Estrutura e clima organizacionais e Interface entre lar e trabalho.



Fonte: Portal Educação
Autor: José Lamartine de Andrade Lima Neto

VG



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