A arte e a ciência de preparar novos líderes

A liderança é uma arte e uma ciência. Arte porque o verdadeiro líder precisa saber como alcançar as suas metas com sutileza, sinceridade e admiração. Significa fazer as coisas funcionarem de forma encantadora. Clique em "Mais Informações" e saiba mais sobre o assunto

É como o cirurgião plástico que deixa o nariz do paciente exatamente como ele esperava que ficasse. Imagine a satisfação de sempre que encontrar alguém receber elogios da aparência de seu novo nariz.

É ciência porque o líder precisa ter conhecimento científico. Não basta fazer as coisas funcionarem empiricamente. É preciso que as atividades sejam executadas de forma a atender os princípios científicos, legais, morais e éticos. Agindo sintonizados com os princípios acima, o líder será admirado e contabilizará muitos seguidores.

O líder deve recorrer à arte e à ciência para vencer muitos desafios, a exemplo, de preparar sucessores. Neste contexto, não basta que o líder saiba como treiná-lo. É fundamental identificar como ele aprende melhor. Daí, é fundamental para o líder se concentrar no estilo de aprendizagem do liderado e encontrar formas alternativas para envolvê-lo, motivá-lo e desafiá-lo continuamente para que melhore o seu desempenho.

Para colher resultados otimizados é necessário ter um plano bem definido e saber o que se deseja em termos de evolução do substituto e para quando ele precisa estar preparado. Então, o líder deve sempre colocar datas limites em suas metas e ser rigoroso com o cumprimento dos prazos. Caso contrário, ele poderá até alcançar a sua meta, mas nunca no menor tempo possível.

Deve-se evitar comparar o desempenho do treinando com o líder treinador, mas, por outro lado, é primordial desenvolver a sua capacidade de se comunicar eficazmente. A comunicação otimizada é um fator preponderante para o sucesso de qualquer líder. Quando o titular se afastar, não será bom que os liderados percebam insegurança ou ineficácia na interação do novo líder.

Como quem lidera está sempre envolvido em reuniões e encontros, prepará-lo para liderar reuniões e participar de encontros será sine qua non para o seu sucesso. A maneira como interage nas duas situações poderá elevar ou reduzir o prestígio dele, especialmente se é novato e inexperiente.

Superadas as etapas anteriores, ensine o seu substituto a focar as oportunidades e não os problemas. Muitos líderes em início de carreira tendem a valorizar os problemas, deixando as oportunidades fugirem por entre os dedos como se fossem areia ou água. Arnold Glasgow considera que "Um dos testes de liderança é a habilidade de reconhecer um problema antes que ele se torne uma emergência".

O penúltimo passo será ensiná-lo a ouvir com sabedoria e não fugir de suas responsabilidades. O verdadeiro líder sabe que é preciso ouvir mais do que falar e encarar os fatos como eles são e não como gostaria que fossem. Mesmo nos piores momentos, é preciso ter serenidade e coragem para dizer o que é preciso ser dito. E que ele nunca se esqueça de priorizar o "nós" e abandonar o "eu" diante de crise ou bonança.

Finalmente, é preciso dizer ao substituto para que cuide muito bem de sua equipe, pois sem ela quase nada será possível de construir. É recomendável manter em mente as sábias palavras de Henry Ford: "Você poderia tirar de mim as minhas fábricas, queimar os meus prédios, mas, se me der o meu pessoal, eu construirei, outra vez, todos os meus negócios".

Fonte: RH.com.br

Autor: Edvaldo Costa

VG