quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Setor de transporte tem 40 mil vagas a serem preenchidas

    A crise internacional dá sinais no Brasil,  diminuindo a criação de empregos formais. Há quatro anos, o país não tinha vivenciado meses tão ruins no mercado de trabalho. Indústria, construção civil e agricultura perderam o fôlego. Mas um setor vive dias bem diferentes. As empresas de transporte de cargas e de passageiros reclamam do apagão de mão-de-obra. Está faltando motorista.





Saiba mais sobre o que fazer para auxiliar nesse processo para suprir a falta de mão-de-obra.

Edson Vander era ajudante na empresa de transporte de cargas. Foi promovido a motorista e agora recebe treinamento para dirigir carretas. Essa foi a saída que a transportadora encontrou pra resolver um problema: a falta de motoristas de caminhão no mercado.

“Nós tínhamos um número muito grande de pessoas que vinham e faziam o processo dentro do recrutamento e seleção. Mas, por outro lado, essas pessoas não estavam preparadas de acordo com o perfil e com a necessidade da empresa”, afirma o gerente corporativo Marco Andrade.

A dificuldade para encontrar motoristas também atinge empresas de ônibus. Os ônibus ganharam mais equipamentos e, claro, os motoristas precisam dominar essa tecnologia. É preciso ficar de olho na estrada e também em um painel que tem 40 botões, cada um para uma função: controlar o som, aparelho de TV, ar-condicionado ou portas. Se encontrar motorista já é um problema para as empresas, alguém qualificado é mais difícil ainda.

“A gente tem que contratar um cidadão mais cru e depois transformá-lo em motorista de passageiros”, diz o advogado da empresa, Wilson Rogério Estevão.

Segundo estimativa da Confederação Nacional do Transporte, faltam hoje 40 mil motoristas profissionais de caminhão e de ônibus em todo o país. A própria entidade oferece cursos gratuitos de qualificação na área. O aluno treina manobras e aprende a operar o painel do veículo. Além disso, recebe dicas de segurança, economia e ainda de como dirigir sem poluir.

“As montadoras fabricam os veículos com tecnologia embarcada, com coisas modernas, e eles tão desprovidos disso. Vêm buscar na escola”, conta o instrutor de treinamento Maurício Canal.

Até as mulheres estão acelerando para entrar na profissão. “Eu tenho certeza de que, saindo desse curso, eu vou estar capacitada para entrar no mercado de trabalho. Vou estar sabendo muito”, comenta a motorista Márcia Souza Santos.

O motorista Vanei Rodrigues dos Santos tem pose e estilo de motorista de ônibus. Há dois anos, era um cobrador que sonhava em dirigir um dos veículos mais modernos da frota. Ele fez o curso, tirou carteira e viu um novo caminho se abrir. “Não pensei duas vezes: já abracei de imediato, sem dúvida. O passageiro pode confiar, com certeza”, garante.

Fonte: Bom Dia Brasil/TV Globo

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