Vivemos
em uma era onde a velocidade tornou-se a mola propulsora das organizações. O
volume de informações chega às pessoas em questão de segundos e basta um
"clique" para saber o que está ocorrendo do outro lado do mundo. Clique em "Mais Informações" e saiba mais sobre o assunto
A sociedade tornou-se mais consciente dos seus deveres e
direitos? Se a resposta a essa indagação fosse afirmativa, estaríamos
vivenciando um Nirvana. Mas, o que isso tem a ver com a realidade corporativa?
Se considerarmos que as empresas são microuniversos formados por indivíduos,
devemos lembrar que é imprescindível que exista o respeito à dignidade ao ser
humano. Infelizmente, a realidade mostra que apesar de tanta evolução, a
humanidade mostra sinais de involução a partir do momento em que
"esquece" que determinadas atitudes podem causar tanto danos físicos
quanto emocionais a terceiros. Refiro-me aqui ao delicado assunto sobre assédio
seja moral ou mesmo sexual que, infelizmente, ainda ocorrem em algumas
empresas. E o que o profissional de Recursos Humanos pode fazer, diante desse
problema que fere a integridade das pessoas e das organizações. Seguem abaixo,
algumas sugestões.
1 - Se você quer mesmo trabalhar em um ambiente
saudável, onde o assédio fique longe da sua organização, o primeiro passo é
convidar a alta direção para "abraçar" essa iniciativa. Apresente
informações sobre o que pode ser configurado como assédio no ambiente de
trabalho e as implicações que isso trará à organização, como um todo, caso
algum caso venha a ser confirmado internamente. Com o apoio da alta direção,
seu trabalho terá o alicerce necessário e será visto com "bons olhos"
pelos demais departamentos da companhia.
2 - Explique para o público interno as ações que podem
ser configuradas como assédio seja esse moral ou sexual, e as consequências que
isso pode gerar ao assediado e ao assediador. Isso levará muitas pessoas a
reverem comportamentos que adotam no dia a dia, seja na empresa ou longe dos
portões da organização.
3 - Estabeleça uma comunicação objetiva e contínua com
o público interno. Deixe claro o posicionamento da empresa diante de situações
de assédio seja moral ou mesmo sexual. É importante investir, por exemplo, na
comunicação face a face, pois as pessoas podem tirar dúvidas sobre o assunto
diretamente com a área de RH, ou então, junto aos seus líderes.
4 - Se a sua empresa possui canais de comunicação
interna, o que você está esperando? Utilize-os de forma coerente e utilize uma
linguagem de acordo com o público que deseja alcançar. Lembre-se de valorizar
os murais, a intranet, os periódicos impressos, ou seja, aproveite o espaço que
possui para evitar que o assédio entre na sua empresa.
5 - Muitas organizações possuem um importante
instrumento - o Código de Ética que enfatiza a visão, a missão e os valores
corporativos. Nesse conteúdo, há quem abra espaço para o posicionamento da
empresa em relação a atitudes que possam ser configuradas como assédio no dia a
dia de trabalho. Caso a sua empresa tenha esse instrumento, com essas
informações, disponibilize exemplares em locais onde o fluxo de pessoas seja
significativo como, por exemplo, refeitórios, corredores estratégicos da
empresa. O importante é que a informação esteja ao alcance de todos, para que
depois não argumente que "não sabiam disso ou daquilo".
6 - Caso receba alguma denúncia, averigue a veracidade
dos fatos rapidamente, antes que a situação torne-se mais grave e finque suas
raízes no ambiente de trabalho. Lembre-se de que receber uma denúncia e fazer
"vista grossa" poderá ser considerado sinal de conivência. E talvez,
futuramente, isso seja até mesmo cobrado judicialmente à empresa e quem não
tomou as devidas medidas para solucionar o problema.
7 - Promova estudo de casos sobre assédio no ambiente
de trabalho junto aos líderes. Posteriormente, eles poderão trabalhar o assunto
com os membros das suas equipes, tornam-se agende disseminadores desse
trabalho.
8 - Se possível crie um comitê ético, com
representantes dos departamentos da empresa. Os membros desse comitê podem
promover reuniões periódicas para avaliarem como está a "saúde moral"
da empresa e analisarem alternativas para conscientizar os profissionais sobre
a importância de assegurar a integridade das pessoais no ambiente de trabalho.
9 - Assegure uma abertura direta entre a área de RH e
os demais profissionais. Possibilite que o profissional realize, por exemplo,
uma denúncia e tenha a garantia de que o caso não se tornará público. Isso fará
com que as pessoas sintam-se seguras e não corram o risco de sofrer algum tipo
de represália.
10 - O feedback é uma ferramenta valiosa em todo
processo organizacional. Em casos que envolvam assédio, dar retorno a quem tem
coragem de fazer uma denúncia seja para se proteger ou garantir a integridade
de algum colega é uma ação de respeito ao próximo.
Fonte: RH.com.br
Autor: Patrícia Bispo
VG
0 comentários:
Postar um comentário