Para boa parte das
pessoas que objetivam desenvolver suas carreiras a promoção ao primeiro cargo
de liderança costuma ser muito comemorada por abrir um grande leque de
perspectivas futuras e ainda servir como sinal de que a pessoa parece estar no
caminho certo. Clque em "Mais Informações" e saiba mais sobre o assunto
Também é verdade que
outra considerável parcela de profissionais busca alternativas para construir
suas carreiras em Y, isto é, alçando voos em posições técnicas nas quais não se
exigirá delas a liderança de pessoas e sim a gestão de projetos cada vez mais
complexos. Portanto, uma excelente alternativa àqueles que não têm disposição
ou atributos para guiar outros seres humanos nas fronteiras organizacionais.
Se você faz parte do
grupo que anseia assumir a primeira posição oficial de liderança é preciso conservar-se
atento às exigências desta transição de carreira, pois se até então dedicava
grande parte de seu esforço para obter o máximo de sucesso no plano individual,
a partir daí será alavancar o sucesso das outras pessoas. Uma mudança e tanto
de foco.
O colaborador liderado
cumpre uma rotina diária e geralmente tem pouco tempo para investir nos
projetos pessoais favoritos, a não ser que esteja muito alinhado com o superior
imediato. Trabalha em equipe, mas é responsável apenas pelo desempenho de si
próprio e conta especialmente com o domínio técnico acumulado ao longo da
carreira.
Já o gestor de primeiro
nível precisa de outras habilidades fundamentais, como saber delegar os
diferentes tipos de tarefas e gerenciar a execução das metas. Além disto, cabe
a si mesmo a organização da sua agenda e a orientação necessária aos
subordinados para que o desempenho deles seja compatível com as expectativas
existentes.
O que poucos levam em
conta é que se novas capacidades precisam ser desenvolvidas, outras
necessariamente devem ser esquecidas. Processo de mudança doloroso e
sintetizado no questionamento que muita gente faz: "Como posso deixar para
trás exatamente aquilo que foi decisivo para a minha promoção?".
Em seu livro
"Pipeline de Liderança", o consultor indiano Ram Charan destaca que
as companhias devem investir pesadamente na preparação e no acompanhamento dos
neolíderes durante a transição de cargos operacionais para gerenciais porque as
habilidades técnicas, as prioridades e os valores profissionais são consideravelmente
distintos nestas posições.
E corroborando com ele,
infelizmente muitas pessoas não conseguem superar esta passagem em suas
carreiras por acreditarem erroneamente que "apenas" assumiram um
cargo novo. Logo, permanecem reféns de estratégias que deram certo num contexto
muito diferente, investem seu tempo nas coisas erradas ou deixam de desenvolver
capacidades técnicas fundamentais para o seu desempenho dali em diante.
Por isto, se você está
prestes a ser promovido para um cargo de liderança ou então abrirá o seu
próprio negócio, busque conhecer as experiências de outras pessoas que também
tiveram de realizar a mesma transição ou solicite o apoio de alguém que você
sabe que poderá ajudá-lo a superar esta fase de intensas mudanças.
Há um mantra em inúmeras
organizações: "Promovi Fulano de Tal e como resultado perdi um bom técnico
operacional e ganhei um péssimo gestor". Grande parte das vezes ele é
pronunciado com o objetivo de afirmar a incompetência da pessoa que fora
promovida, mas também é importante analisar a fundo se a empresa conferiu o
apoio necessário.
Toda vez que alguém
fracassa em seu primeiro cargo de gestão, a companhia também acaba perdendo
potenciais líderes, que preferem permanecer na zona de conforto a arriscarem
suas cabeças. Por outro lado, o sucesso dos neolíderes serve de estímulo para
que outros também trilhem o mesmo caminho.
Fonte: RH.com.br
Autor: Wellington Moreira
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