Diante do cenário mundial atual, em que a
única coisa permanente é o processo de mudança e transformação, torna-se
um desafio aos profissionais desenvolver repertórios e respostas
adequados a cada nova situação inerente ao ambiente corporativo. Clique em '' Mais Informações'' e saiba mais sobre esse assunto.
O desafio apresentado às lideranças, neste sentido, é solucionar dilemas envolvidos nos processos de gestão e antecipar-se a eles, considerando a estratégia e o core business da
empresa. É importante salientar que os desafios enfrentados só serão
compartilhados com a área de RH na medida em que seus profissionais
deixem-se desafiar.
Na prática, a bandeira de “business partner ” levantada por muitos em
relação ao papel do RH permanece no cenário ideal , uma vez que
diferentes áreas da empresa justificam-se apontando em outras, motivos
para que não haja o estabelecimento de parcerias: por um lado os
profissionais de RH clamam por autonomia e por outro, intimamente,são
sugestionados a acreditar que foram contratados para desenvolver , no
melhor dos casos, atividades táticas, acomodando-se nesta crença.
Para que haja estabelecimento de parcerias que fomentem a reconfiguração
do papel da área de RH, deixando no passado a estereotipia paternalista
resultante da herança assistencialista, é necessário que os
profissionais posicionem-se de maneira assertiva, empreendedora e
questionadora das políticas vigentes na organização.
Não se quer aqui promover a autarquia da área ou defender a
personificação de uma ideologia sem propósito, o objetivo é promover a
reflexão a fim de que os profissionais de RH reconheçam-se enquanto
protagonistas da situação que vivenciam e que , não sem razão,
criticam.
Obviamente, não há fórmula ou manual que norteie o comportamento dos envolvidos em RH para a mudança e transformação, contudo, a
reflexão leva-nos à identificação da necessidade emergente de
conhecimento do negócio. Neste sentido penso que seja contraditório e,
em certo grau, irônico, que muitos profissionais de RH ignorem o core
business e a estratégia das organizações nas quais atuam.
Qual o sentido de preconizar que o candidato a uma vaga X conheça,
entenda e identifique-se com missão, visão e valores da empresa Y sendo
que o selecionador considera esta “pesquisa” um diferencial, mas o grau
de aderência à empresa, na prática, é determinado pela descrição de cargos ?
O primeiro passo para a efetivação da mudança (desconsiderando a
capacitação mínima que, infelizmente, ainda se faz necessária e é
anterior a qualquer ação de transformação ) é que os profissionais
conheçam as empresas em que trabalham e reconheçam, em suas atividades ,
brechas que possam ser flexibilizadas em prol da estratégia adotada
pelos dirigentes.
Entender os conflitos e problemas internos relacionando-os entre si,
compreender suas transitoriedades e o modo pelo qual são influenciados e
influenciadores, direta ou indiretamente, do ambiente externo, é
fundamental para propor soluções funcionais, estratégicas e que
contribuam para percepção de valor do trabalho, tanto para o próprio
profissional quanto para os clientes e empresas com as quais se
relacionam.
A principal premissa orientadora do trabalho e dos resultados obtidos a
partir dele deve estar arraigada na idéia de que todos são responsáveis
pelos impactos gerados por todas as ações desenvolvidas na organização,
sejam eles positivos ou negativos. Deve-se considerar que nem todos tem
poder efetivo de mudança, porém, a busca por culpados “fora da caixa”
não resolve os problemas cotidianos a que os profissionais estão
sujeitos.
O apelo é realizado no sentido de desconstrução de modelos que refletem
obediência formal ou mesmo relutante, para que uma nova proposta seja
contemplada a partir da análise crítica e do desenvolvimento de abordagem sistêmica, ignorando a pretensa linearidade de eventos
(causa e efeito) em prol de soluções construídas por meio da
identificação de interdependência entre variáveis contidas no contexto
da problemática.
Fonte: RH Portal
Autora: Paola Roldan Callegari
KS
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